ARTIGOS
O BRASIL NÃO É UMA VENEZUELA
Lula
e Hugo Chávez, presidentes do Brasil e da Venezuela.
Raugir Lima Cruz*
A
criatura abominável de Adolf Hitler em seu "Mein Kemph"
diz uma verdade absoluta que se aplica ao Brasil atual: "é
mais fácil acreditar numa grande mentira do que em pequenas verdades".
Aplicando na prática esta frase o Governo da República se
esbalda com o poder. O lamentável é que vivemos dias de
grandes mentiras, e, quando grandes mentiras são veiculadas vinte
quatro horas todos os dias em todas as TV's e rádios espalhados
por esse país, mais fácil torna-se transformar tais mentiras
em verdades indiscutíveis.
Luiz Inácio
veicula, usando o dinheiro do povo, dia após dia, vinte e quatro
horas em toda a mídia que se conhece nesse país, propaganda,
de possíveis atos que ele fará, porém, deixando a
impressão de que já o fez, e, como ninguém busca
saber se realmente o dinheiro foi aplicado, fica o dito pelo não
dito. Se considerássemos as propagandas desse governo como publicidade,
seriam consideradas em quase sua totalidade como publicidade enganosa.
O que temos visto estarrecidos
nos últimos anos durante esse governo "lulista" são
escândalos de corrupção borbulhando por tudo que é
setor do governo. Ora, são vinte e cinco mil "cumpanheiros"
enxertados nos cargos públicos, sugando com uma sede voraz o dinheiro
público, e o Presidente da República com uma índole
de ditadorzinho latino-americano, determina que seja encoberta toda a
ladroagem e defende veementemente os desonestos, como já defendeu
os mensaleiros e há poucos dias defendeu publicamente o Deputado
Severino Cavalcante, este, surpreendido em atos de corrupção
e por isso mesmo já é sabido por todos que renunciou ao
mandato de Deputado Federal.
Luiz Inácio
da Silva buscou desde o começo de seu primeiro governo avacalhar
o Legislativo com a compra de deputados para aprovar o que bem entendesse,
e permanece subjugando o Congresso Nacional, retirando a verdadeira função
das casas legislativas que é legislar, com a mais imoral leva de
medidas provisórias que já se viu neste país desde
a criação dessa forma de iniciativa de leis. Observe-se
que o artigo 62 da Constituição de 1988 expressa claramente
em sua primeira parte quando e como o Presidente da República pode
usar dessa forma de iniciativa: "Em caso de relevância e urgência".
O povo está
cego, e aqui transcrevo o que o colunista Rangel Cavalcante alerta: "(...)
Nunca neste país se viu tanta corrupção e tanta impunidade.
Também nunca se viu um tão desastroso sucateamento nacional.
A malha rodoviária está destruída. As escolas caem
aos pedaços. Os cidadãos morrem nas filas dos hospitais.
A dengue, a tuberculose, a malária e a rubéola voltam de
forma epidêmica (...)". E eu acrescento: as forças armadas
estão também sucateadas, a região amazônica
virou uma terra de ninguém, a Bolívia toma o patrimônio
da Petrobrás e Luiz Inácio abaixa a cabeça subservientemente.
As CPI's são todas de "faz de conta", pois o governo
não permite que nada seja apurado. Aqui cabe uma pergunta: Se o
Presidente da República e seu partido se fizeram pregando honestidade
e satanizando os adversários, pressupõe-se que sejam todos
uns anjinhos de candura, então por que o "cumpanheiro"
maior e seu partido vergonhosamente impedem as apurações?
O povo cegou, ou não
deseja enxergar, ou perdeu a capacidade de indignar-se, ou gosta de ser
ludibriado. Não consigo acreditar que somente com a distribuição
do Bolsa Família consiga-se calar a boca e cegar o cidadão.
O Bolsa Família da forma que existe hoje é uma vasta rede
de distribuição de esmolas. É imperativo que essa
distribuição de esmolas seja discutida, porque não
é dessa forma que se retira o cidadão da miséria.
Só o trabalho e a educação podem redimir. Hoje, os
pais necessitam do Bolsa Família, amanhã serão seus
filhos, e depois os filhos dos seus filhos. O Bolsa Família não
retira o cidadão da miséria, mas o escraviza, transformando-o
junto com seus descendentes em eternos dependentes. E é isso que
o "cumpanheiro" maior quer uma legião de dependentes,
dóceis, calados e eleitores fiéis. Descobriu a melhor forma
de escravizar, chamando o escravo de cidadão.
Chamamos a atenção
para outro fato absurdo divulgado pela mídia nos últimos
dias, quando o "cumpanheiro" maior de forma grosseira e em seu
péssimo português, esbravejou a todos os pulmões que:
"seria bom que o Judiciário metesse o nariz só nas
coisa dele, que o legislativo metesse o nariz só nas coisa dele".
Ao falar tamanha e absurda besteira notamos a falta de preparo intelectual
para o cargo mais importante do país. Não sabia ele que
quando, primeiramente Aristóteles, depois Montesquieu e com o passar
do tempo deu-se a evolução desse pensamento da tripartição
de poderes, em que o executivo, o legislativo e o judiciário são
independentes e harmônicos entre si, queriam dizer que essa independência
não era separação total, havia e há um equilíbrio
entre os poderes (mais correto chamar de distribuição de
funções) através de um sistema de pesos e contrapesos.
Isto para que haja equilíbrio e impeça que um poder se sobreponha
a outro, impedindo a efetivação de uma ditadura. Mas, poder
total e perpetuado no tempo, sem oposição, com povo dócil
e calado e imprensa subserviente é o sonho de todo "Hugo Chávez".
Imitar o "cumpanheiro" Hugo Chávez, o presidente-ditador
da Venezuela não é louvável. Não é
louvável a imitação nem mesmo nos seus arroubos de
orador, que em comum com o "cumpanheiro" Presidente do Brasil
se empolga com a própria voz e comete sandices no falar.
Finalizando, temos
observado, e quem não o fez ainda, deve observar o sorriso amarelo
do "cumpanheiro" Presidente, característico de quem fez
coisa errada e comparar com o sorriso do Lula metalúrgico e líder
sindical - quanta diferença, perdeu o brilho e a sinceridade de
antigamente e ganhou o amarelado dos enganadores.
Além do que,
nos bastidores, por entre as sombras e na surdina como é peculiar
aos marginais articula-se um golpe na Constituição da República
objetivando um terceiro mandato para o "cumpanheiro". Que todos
que ainda têm um mínimo de bom senso, inteligência
e capacidade de indignar-se devem ficar em alerta - o Brasil não
é uma Venezuela.
Obs.: Alerta aos estudantes
- o nome COMPANHEIRO está grafado em todo o texto "CUMPANHEIRO"
erroneamente, como também a frase “seria bom que o Judiciário
metesse o nariz só nas coisa dele, que o legislativo metesse o
nariz só nas coisa dele” para ser fiel à pronúncia
do Presidente Luiz Inácio.
(Publicado no jornal ,
Ano XXXII, nº 80, Abril/2008).
Untitled Document
*Raugir
Lima Cruz. Oficial de Justiça da Comarca de Quixelô-CE.
É mombacense de Senador Pompeu, Ceará, onde nasceu no
dia 15 de janeiro de 1966, filho de Etevaldo Lima Cruz e de Francisca
Zeneida Lima Cruz. Graduou-se em Pedagogia na Faculdade de Educação,
Ciências e Letras de Iguatu - FECLI. É bacharel em Direito
e pós-graduado em Direito Penal e Criminologia pela Universidade
Regional do Cariri - URCA. Obteve o 2º lugar no Concurso Literário
Rachel de Queiroz, promovido em 2006 pelo Fórum Clóvis
Beviláqua em comemoração aos 30 anos da sua biblioteca,
com a crônica .
A sua crônica foi publicada na coletânea “Sertão:
olhares e vivências” com os dez trabalhos classificados
no referido concurso. No dia 18 de dezembro de 2007 recebeu o título
de cidadão quixeloense concedido pela Câmara Municipal
de Quixelô. É autor dos artigos "Uma análise principiológica e legal das interceptações telefônicas: a produção probatória à luz do princípio da proibição da proteção deficiente", publicado na edição nº 87, ano XIV, abril/2011, da Revista Âmbito Jurídico e “A aplicação da Willful Blindness Doctrine na Lei 9.613/1998: A declaração livre e a vontade consciente do agente”, publicado no volume nº 9, edição 2011, da Themis, revista científica da Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará (ESMEC).
|
|