ANTÔNIO
PAES DE ANDRADE
BIOGRAFIA
O então embaixador do Brasil em Portugal Dr. Antônio
Paes de Andrade ladeado por Fernando Antonio Lima Cruz, editor deste site, por ocasião
da posse do desembargador Antônio Abelardo Benevides Moraes, ocorrida
no dia 25 de maio de 2006, na sede do Tribunal de Justiça do Estado
do Ceará.
Gisela
de Araújo Moura
Antônio
Paes de Andrade nasceu em Mombaça-CE no dia 18 de maio
de 1927, e faleceu em Brasília-DF, no dia 17 de junho de 2015,
aos 88 anos. Era filho de José Alves de Castro e de Raimunda Paes
de Andrade.
Iniciou
seus estudos superiores em 1949 na Faculdade de Direito do Distrito Federal.
No ano seguinte filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD) e
obteve em outubro do mesmo ano uma vaga de suplente na Assembléia
Legislativa do Ceará, onde atuaria como vice-líder de seu
partido de 1951 a 1963.
Em
1953, concluiu o curso universitário e no pleito de outubro do
ano seguinte elegeu-se deputado estadual no Ceará na legenda do
PSD. Eleito novamente em 1958, licenciou-se para assumir a Secretaria
do Interior e Justiça do Ceará, no governo de José
Parsifal Barroso (1959-1963). Nessa condição participou,
ainda em 1958, do Congresso Pan-Luso-Filipino de Municípios, em
Lisboa.
Em
outubro de 1962, concorreu à Câmara dos Deputados na legenda
da União pelo Ceará, integrada pelo PSD e pela União
Democrática Nacional (UDN). Eleito, tomou posse em fevereiro de
1963 após ter concluído, no mês anterior, o mandato
estadual. Durante essa legislatura, integrou as comissões parlamentares
de inquérito do Departamento Nacional de Produção
Mineral (DNPM), das companhias de investimento e capitalização,
da crise do cacau e do Serviço Social da Indústria (SESI)
e da Confederação Nacional das Indústrias.
Com
a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional
nº 2 (27/10/1965) e a posterior instauração do bipartidarismo,
comandou, juntamente com Ulisses Guimarães, a dissidência
do PSD que fundou o diretório nacional do Movimento Democrático
Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar,
instaurado no Brasil em abril de 1964.
Reeleito
em novembro de 1966, na legenda do MDB, tornou-se no ano seguinte vice-líder
do partido na Câmara, função que ocuparia até
1979. No pleito de novembro de 1967 obteve nova reeleição,
passando a exercer a função de segundo secretário
da mesa. Entre 1968 e 1970, integrou a CPI dos preços da cera de
carnaúba, Reconduzido à Câmara em 1974, presidiu a
Comissão de Serviço Público e atuou como suplente
da Comissão de Relações Exteriores.
Nas
eleições de setembro de 1978, reelegeu-se deputado federal
pela quinta vez consecutiva. Empossado em fevereiro do ano seguinte, na
Câmara dos Deputados foi quarto secretário da mesa. Com a
extinção do bipartidarismo em 29 de novembro e a conseqüente
reformulação partidária, fundou, novamente com Ulisses
Guimarães, o diretório nacional do Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB), agremiação que sucedeu
o antigo MDB. Reeleito novamente em novembro de 1982, iniciou o mandato
em fevereiro do ano seguinte.
Na
sessão de 25 de abril de 1984, votou a favor da emenda Dante de
Oliveira, que preconizava o restabelecimento de eleições
diretas para presidente da República em novembro daquele ano. Como
a emenda não obteve a votação necessária para
ser enviada ao Senado, o Colégio Eleitoral reuniu-se em 15 de janeiro
de 1985 para eleger o novo presidente da República. Paes de Andrade
votou então em Tancredo Neves e José Sarney, candidatos
lançados pela Aliança Democrática, coligação
formada pelo PMDB e pela dissidência do Partido Democrático
Social (PDS) reunida na Frente Liberal. Eleito, Tancredo Neves não
chegou a tomar posse, vindo a falecer em abril de 1985. Com sua morte,
o vice-presidente José Sarney, em exercício desde de 15
de março, foi confirmado na presidência da República
no dia 21 de abril de 1985.
Candidato
à prefeitura de Fortaleza nas eleições municipais
de novembro de 1985, pela legenda do PMDB, foi derrotado pela candidata
do Partido dos Trabalhadores (PT), Maria Luísa Fontenelle, por
uma diferença de apenas 0,5% dos votos. [...].
Apesar
da derrota, conseguiu reeleger-se deputado federal pela sétima
vez consecutiva no pleito de novembro de 1986, com 72.748 votos, por seus
redutos eleitorais em Fortaleza, Mombaça, Guaraciaba do Norte e
Poranga. Empossado em fevereiro de 1987, ainda nesse ano tornou-se presidente
do Grupo Brasileiro da União Parlamentar.
Durante
os trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte, foi titular da
Subcomissão da União, Distrito Federal e Territórios,
da Comissão de Organização do Estado e suplente da
Subcomissão do Sistema Tributário, da Comissão do
Sistema Tributário, Orçamento e Finanças. Foi autor
de emendas sobre proibição da pena de morte, liberdade de
pensamento, liberdade de greve e licença do trabalho por adoção
de crianças, entre outros. Parlamentarista, votou contra o mandato
de cinco anos para o presidente José Sarney, a pena de morte, a
limitação do direito de propriedade privada, a proteção
ao emprego contra a demissão sem justa causa, a jornada semanal
de 40 horas, a pluralidade sindical e o presidencialismo. Votou a favor
do mandado de segurança coletivo, do aborto, do turno ininterrupto
de seis horas, do aviso prévio proporcional, da unicidade sindical,
do voto aos 16 anos, da soberania popular, da nacionalização
do subsolo, da estatização do sistema financeiro, do limite
de 12% ao ano para os juros reais, da proibição do comércio
de sangue, da limitação dos encargos da dívida externa,
da criação de um fundo de apoio à reforma agrária,
da anistia aos micro e pequenos empresários e da desapropriação
da propriedade produtiva. Esteve ausente nas votações relativas
à legalização do jogo do bicho e ao rompimento de
relações diplomáticas com países com política
de discriminação racial.
Primeiro
secretário da mesa da Câmara dos Deputados entre 1987 e 1989,
em fevereiro deste último ano foi eleito presidente da Câmara
dos Deputados, sucedendo Ulisses Guimarães, [...].
Durante
sua gestão, defendeu a criação de um canal de televisão
exclusivo para o Congresso Nacional com o objetivo de regenerar a imagem
dos parlamentares, que estaria sendo “maculada por setores da imprensa”,
e anunciou a criação de um novo mecanismo de verificação
da presença dos deputados e de punições para os ausentes.
No entanto, em junho de 1989, negou-se a divulgar a lista de presença
dos parlamentares, sob a alegação de que deveriam continuar
sigilosas até o momento que fossem analisadas as justificativas
apresentadas pelos deputados. A decisão foi tomada por causa da
confusão instaurada com a divulgação da lista dos
mais faltosos às sessões, supostamente ameaçados
de perda do mandato, e que incluía o nome do filho do presidente
da República, Sarney Filho.
Ainda
ao longo de 1989, assumiu por 12 vezes a presidência da República,
como substituto constitucional. Nessas polêmicas passagens pelo
governo, foi acusado de desrespeitar determinações de José
Sarney, quase demitir um ministro interino – Paulo César
Ximenes, da Fazenda – e dar prioridade ao Ceará na liberação
de verbas, [...].
Numa
dessas ocasiões, ao retornar à Câmara dos Deputados,
afirmou que nada faria em relação ao arquivamento das denúncias
apresentadas contra o presidente José Sarney pela CPI que investigou
irregularidades na administração pública. Segundo
Paes de Andrade, seria descortesia rever decisão tomada pelo seu
então substituto na Câmara, Inocêncio de Oliveira,
no período em que tinha assumido interinamente a presidência
da República.
Ainda
em novembro de 1989, visitou o Parlamento israelense e em fevereiro do
ano seguinte, a convite do governo soviético, participou de programa
de dez dias por Moscou, Ucrânia e Leningrado, na chefia da delegação
de 17 deputados brasileiros de diversos partidos.
Nas
eleições de outubro de 1990 concorreu a uma vaga ao Senado.
No entanto, apesar de sua vitória ser tida como certa, foi derrotado
por Beni Veras, candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Em
novembro seguinte, numa de suas últimas atuações
na presidência da Câmara, retirou da pauta de votações
da Câmara dos Deputados o projeto de lei complementar que aumentaria
de 503 para 550 o número de deputados. Justificou a medida dizendo
que considerava que a aprovação do projeto prejudicaria
a imagem da instituição, devido a seu aspecto corporativista.
Deixou a Câmara dos Deputados em janeiro de 1991, no fim do mandato.
Membro
da Comissão Executiva e do Conselho Nacional do PMDB a partir de
1991, reelegeu-se novamente deputado federal, no pleito de outubro de
1994, sempre na legenda do PMDB, com base eleitoral na região metropolitana
de Fortaleza, em Catarina, na região norte e no sertão central
do estado. Empossado na Câmara dos Deputados em fevereiro do ano
seguinte, em setembro foi eleito presidente do PMDB, em substituição
ao deputado catarinense Luís Henrique da Silveira, e logo se tornou
uma das principais figuras de oposição ao governo de Fernando
Henrique Cardoso (1995-1999), em seu partido.
Integrante
das comissões de Direitos Humanos (1995), Relações
Exteriores e Defesa Nacional (1995-1996), Paes de Andrade votou, ao longo
de 1995, contra o fim do monopólio das telecomunicações
e do petróleo e contra o fim do conceito de empresa nacional. Foi
favorável ao fim do monopólio dos estados na distribuição
do gás canalizado e se ausentou da votação da abertura
da navegação de cabotagem a navios estrangeiros. Votou,
apenas em primeiro turno, a favor da criação do Fundo Social
de Emergência (FSE). Todas as propostas foram aprovadas pela Câmara.
Paes
de Andrade tentou, juntamente com o líder do PMDB no Senado, Jáder
Barbalho, e o presidente do Senado, José Sarney, articular, no
início de 1996, a desvinculação do partido do governo,
sem contudo ter êxito. Em posição contrária
aos interesses do governo Fernando Henrique, votou, juntamente com 37
deputados peemedebistas, contra a reforma da previdência, no início
de março seguinte. Nesse mesmo mês, a divisão do PMDB
em relação à sua posição perante o
governo se refletiu na disputa interna pela candidatura às eleições
para a presidência da Câmara, entre Paes de Andrade e Michel
Temer, líder do partido na casa, apoiado pelo bloco governista.
Temer foi indicado para a relatoria da reforma da previdência nesse
mesmo mês, motivo de críticas de Paes de Andrade, que declarou
que votaria contra o projeto. A reforma acabou sendo aprovada em primeiro
turno na Câmara dos Deputados ainda em março, contrariando
os objetivos de Paes de Andrade.
Em
meio à divisão interna, o PMDB realizou convenção
no dia 24 de março, mas não obteve quórum para as
deliberações que pretendia tomar e decidiu, por aclamação,
votar contra a privatização da Companhia Vale do Rio Doce
e a perda dos direitos adquiridos nas reformas da previdência e
administrativa, e adiar a discussão da emenda que propunha reeleição
para os cargos do Executivo para 1997. Em julho seguinte, na tentativa
de contornar a crise que abatia o partido, Jáder Barbalho procurou
convencer Paes de Andrade a só lançar a sua candidatura
à Câmara dos Deputados depois de ter seu nome aprovado numa
prévia realizada no partido, mas o deputado cearense não
concordou com a proposta. Sua candidatura ameaçava o acordo do
PMDB com o PFL acerca da sucessão na Câmara, pelo qual o
PFL se comprometera a apoiar o candidato peemedebista em caso de um único
nome ser indicado.
Em
agosto seguinte, Paes de Andrade encontrou-se com os ex-presidentes Itamar
Franco e José Sarney e os três divulgaram nota em que declararam
sua oposição à venda da Companhia Vale do Rio Doce.
Itamar declarou-se totalmente contrário à proposta de reeleição,
enquanto Sarney e Paes de Andrade admitiram discuti-la somente em 1997.
O presidente nacional do PMDB declarou que o partido não nomearia
representante para a comissão que trataria do assunto ainda em
1996, ao mesmo tempo que Michel Temer assegurava que o PMDB indicaria
os nomes, o que fragilizou ainda mais a unidade do partido. Em novembro,
Paes de Andrade lançou, ao lado de Itamar Franco e Aureliano Chaves,
manifesto contra a privatização da Vale do Rio Doce e de
empresas do setor elétrico.
Depois
de insistir durante quase todo o ano que não abriria mão
de sua candidatura à Câmara, ao contrário da posição
do partido que pretendia lançar candidato único, Paes de
Andrade voltou atrás em novembro, em favor da candidatura de Temer.
Ainda esse ano, foi favorável à criação da
Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira (CPMF).
Na
convenção do PMDB realizada no dia 12 de janeiro de 1997,
foi recomendado o voto contrário à reeleição
e a análise do assunto só em fevereiro, após a escolha
dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, posição
que contrariava os interesses do governo. Apesar da posição
adotada pelo PMDB, o governo decidiu votar a emenda da reeleição
ainda em janeiro, o que foi aceito pelo grupo peemedebista liderado por
Temer e causou nova divisão no partido. O primeiro turno da votação
da emenda foi antecipado para o dia 28 de janeiro e, apesar das declarações
de Paes de Andrade de que o PMDB não daria quórum para a
aprovação, ela foi aprovada em primeiro turno por 336 votos
a favor, ou seja, 28 acima do mínimo necessário. Paes de
Andrade se ausentou da votação.
Em
fevereiro seguinte, Paes de Andrade reuniu a Executiva do partido e aprovou
a prorrogação dos mandatos dos presidentes de diretórios,
inclusive o seu, que deveria ser concluído em outubro de 1997,
até setembro do ano seguinte. Dessa forma, garantiu que estaria
à frente do PMDB no momento de discussão da sucessão
presidencial, a fim de defender a candidatura própria do partido
nas eleições de outubro de 1998. Sua atitude causou críticas
de vários membros do partido que não participaram da reunião,
convocada às pressas na véspera do Carnaval.
Em
abril seguinte, Paes de Andrade participou, ao lado de Itamar Franco e
José Sarney, de programa do horário político gratuito
na televisão em que se pronunciou contra a privatização
da Vale do Rio Doce. Na tentativa de barrar o leilão da companhia,
marcado para o dia 29, Paes de Andrade impetrou ação, ao
lado dos deputados cearenses Inácio Arruda (PC do B), José
Linhares (PFL) e José Pimentel (PT) e de líderes sindicais
cearenses, contra o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES), responsável pelo leilão. Apesar dos protestos,
o leilão acabou ocorrendo e a Vale do Rio Doce foi privatizada.
A posição de Paes de Andrade causou novas críticas
de Fernando Henrique Cardoso, que declarou ser muito difícil manter
o partido no governo diante da sistemática oposição
feita por alguns de seus líderes. Em reunião com governadores
peemedebistas, o presidente teria inclusive sugerido o afastamento de
Paes de Andrade da direção do PMDB.
Diante
das suspeitas de venda de votos em favor da aprovação da
reeleição, Paes de Andrade assinou, em maio seguinte, lista
de apoio à criação de CPI para averiguar as irregularidades
cometidas, caracterizando nova divisão do partido, uma vez que
alguns de seus líderes trabalhavam contra a instalação
da CPI.
Defensor
da candidatura própria do partido, o presidente nacional do PMDB
iniciou, em julho de 1997, uma série de encontros com os principais
líderes da esquerda, como Luís Inácio Lula da Silva,
do PT, e Leonel Brizola, do Partido Democrático Trabalhista (PDT),
a fim de articular uma candidatura única das oposições.
Após várias tentativas de levar Itamar Franco para o partido,
a fim de lançá-lo como candidato à sucessão
presidencial e diante da indecisão deste, o senador José
Sarney apareceu como o nome mais cotado para disputar o cargo. Contrariando
o posicionamento de Paes de Andrade, o PMDB decidiu apoiar a candidatura
de Fernando Henrique Cardoso, que foi reeleito em outubro de 1998.
Ainda
ao longo de 1997, Paes de Andrade votou contra o fim da estabilidade dos
funcionários públicos, proposta aprovada pela Câmara
dos Deputados.
No
pleito de outubro de 1998, candidatou-se a uma vaga no Senado pela legenda
do PMDB, agora em coligação com o PFL e dois partidos de
menor expressão, mas foi derrotado por Luís Pontes, candidato
do PSDB, em coligação com o Partido Social Democrático
(PSD) e o Partido Popular Socialista (PPS). Em novembro seguinte, votou
contra o estabelecimento de limite para a aposentadoria no setor público
e de idade mínima e tempo de contribuição para aposentadoria
no setor privado. Deixou a Câmara dos Deputados em janeiro de 1999,
ao final da legislatura.
Casou-se
com Zilda Maria Martins Rodrigues de Andrade, filha de José Martins
Rodrigues, deputado federal pelo Ceará de 1955 a 1969. Teve quatro
filhas.
Publicou
A reestruturação agrária do Nordeste (1968), Afirmação
democrática do Nordeste (1971), O itinerário da violência
(1976), O poder absoluto (1977), A violência da reforma e a denúncia
de Caracas (1979), Francisco Pinto, as imunidades parlamentares e a Lei
de Segurança Nacional (1980), As secas (1980), O poder ou o subpoder
(1980), A greve no ABC e os bispos do Brasil (1980), A universidade e
o professor (1980), CNBB e reflexão cristã, O Poder Legislativo
e o golpe militar na Bolívia (1980), A inviolabilidade absoluta,
Dom Hélder e o seu cinqüentenário de ordenação
(1981), Comemoração do CLX aniversário da Confederação
do Equador, 1824-1984 (1984), Proposta de ação econômica
e social (1985), A Interparlamentar e os direitos humanos (1987), O Brasil
e a União Interparlamentar (1988), Perfis parlamentares: Martins
Rodrigues (1989), História Constitucional do Brasil – em
co-autoria com Paulo Bonavides (1989) e Presença na Constituinte.
(Fonte:
ABREU, Alzira Alves de... [et al.]. Dicionário Histórico-Biográfico
Brasileiro pós 1930. 2. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro:
Editora FGV; CPDOC, 5 v., 2001.)
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