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CARTAS

PELAS DIRETAS*

 

Fernando Antonio Lima Cruz - Mombaça-Ce

Herdamos dos militares uma nação esfacelada e sem crédito junto à comunidade internacional. Imaginamos um país potencialmente grande, talvez crentes na imagem pré-fabricada e comercializada pelos governos militares e acordamos deste sonho utópico para uma realidade por demais constrangedora.

Durante 21 anos (1964-1985) vivemos sob um regime de arbítrio, onde sob diversas formas, o estado de direito foi violado. Os governos militares, arbitrariamente desobedecendo à Constituição da República, governaram através dos Atos Institucionais e dos IPM, cassando e suspendendo os direitos políticos de parlamentares, banindo do País oposicionistas do “movimento revolucionário” e torturando, às vezes até a morte, aqueles que se opunham ao regime, em nome da “lei” e da “ordem”, numa violação total aos direitos humanos.

Hoje sofremos as seqüelas de ordem política, econômica e social, proporcionadas pelos casuísmos do regime militar: uma nação pobre e endividada pela malversação do dinheiro público; pela má distribuição de renda que tornou ricos menos ricos e pobres mais pobres, diminuindo o poder de aquisição do brasileiro; pelas obras faraônicas e desnecessárias, construídas pela megalomania dos governos militares. Tudo isto acarretando problemas sociais que vão do desemprego à criminalidade.

O sonho da Nova República idealizada por Tancredo Neves morreu no nascedouro. A Nova República morreu com Tancredo, existindo apenas como transição de um regime militar e ditatorial para um regime civil e democrático. O substituto de Tancredo, o presidente José Sarney, cheio de vícios do regime anterior, pois foi conivente com o mesmo atuando no partido governista, não soube exprimir em ações o que foi idealizado por Tancredo.

O país navega, sem rumo e direção, para o desconhecido. O governo Sarney, desacreditado muito mais pelo que deixou de fazer de certo, do que pelo que fez de errado, não tem respaldo popular para continuar insistindo pelo mandato de cinco anos, pois como governo de transição sua missão se encerra no momento em que os trabalhos da Constituinte chegarem ao fim.

O povo clama pelo direito de votar e já para presidente da República, que é um direito inalienável dos 130 milhões de brasileiros.

O exercício do voto, será pelo menos uma esperança de dias melhores. Uma luz no fim do túnel.

Diretas Já!

*Publicada na seção Do Leitor, do jornal Diário do Nordeste (Fortaleza-Ce), em 09/04/1988.


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