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ENFOQUE

O MEDO NÃO VEM DO LÍDER

 

Raugir Lima Cruz*

Será que estamos condenados a viver no medo? Dia após dia surge alguém a nos apontar para algo que devemos ter medo. Parece-nos exatamente uma apologia e defesa intransigente do medo e a sua utilização para o afastamento e separação das pessoas. É o “nós e eles”.

Estamos vivendo num mundo de ódio, intolerância e violência. E surgem neste contexto indivíduos inescrupulosos que se utilizam em benefício próprio do medo disseminado e implantado.

Surge uma indagação: - tais pessoas podem ser adjetivadas de líderes? Certamente que não. Líder é aquele que congrega, líder é aquele que une as pessoas em torno de um bem comum, é o que prega a paz, que retira o medo e em seu lugar insere união e esperança.

Bom exemplo de líder seria Nelson Mandela. Jogado na prisão por longos 28 anos, não por ter desviado dinheiro, não por ser partícipe de corrupção, não por ter enriquecido ilicitamente, mas tão somente pelas suas ideias, pelo fim do apartheid e consequentemente a igualdade e paz entre brancos e negros.

Ao sair dos longos anos de encarceramento, Mandela em vez de se revoltar com os anos de custódia injusta lhe imposta, não pregou a vingança, o medo, a intransigência, o belicismo contra seus algozes, ao contrário uniu o povo, ricos e pobres, negros e brancos, tornando-se legitimamente presidente da África do Sul e pondo fim a segregação sofrida pelos negros.

Agora, alguém em sã consciência pode denominar de líder um indivíduo que usa como bandeira o “nós e eles”, que fomenta o distanciamento e o ódio entre ricos e pobres, utilizando esse ódio em proveito próprio e eleitoreiro? Pode-se chamar um indivíduo desses de qualquer coisa, menos de líder.

Portanto um alerta se faz em ano eleitoral. Se quisermos efetivamente eleger alguém que mereça ser chamado de líder, só o faremos se votarmos em alguém que afaste o medo e a intolerância, em alguém que pregue a união em torno de um objetivo comum e de melhores dias.

Votar em quem fomenta a desunião entre as pessoas e coloca pobres contra ricos e vice-versa, por certo não estaremos votando num líder e sim num populista descarado que só pensa em si mesmo na busca de se dar bem a qualquer custo.

Indivíduo dessa estirpe efetiva a frase de Oscar Ameringer, que em 1907 ajudou a fundar um dos maiores movimentos socialistas na história americana: “política é a arte de conseguir o voto dos pobres e o dinheiro dos ricos, prometendo protege-los uns dos outros”. Não precisamos de muito esforço mental para achar no meio da política brasileira criaturas com esse perfil. Que Deus nos livre dos tais.

(Publicado no jornal Folha de Mombaça, Ano XLI, nº 199, Março/2018).

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*Raugir Lima Cruz. Oficial de Justiça da Comarca de Quixelô-CE. É mombacense de Senador Pompeu, Ceará, onde nasceu no dia 15 de janeiro de 1966, filho de Etevaldo Lima Cruz e de Francisca Zeneida Lima Cruz. Graduou-se em Pedagogia na Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu - FECLI. É bacharel em Direito e pós-graduado em Direito Penal e Criminologia pela Universidade Regional do Cariri - URCA. Obteve o 2º lugar no Concurso Literário Rachel de Queiroz, promovido em 2006 pelo Fórum Clóvis Beviláqua em comemoração aos 30 anos da sua biblioteca, com a crônica Respingos da estrada em dez atos. A sua crônica foi publicada na coletânea “Sertão: olhares e vivências” com os dez trabalhos classificados no referido concurso. No dia 18 de dezembro de 2007 recebeu o título de cidadão quixeloense concedido pela Câmara Municipal de Quixelô. É autor dos artigos "Uma análise principiológica e legal das interceptações telefônicas: a produção probatória à luz do princípio da proibição da proteção deficiente", publicado na edição nº 87, ano XIV, abril/2011, da Revista Âmbito Jurídico e “A aplicação da Willful Blindness Doctrine na Lei 9.613/1998: A declaração livre e a vontade consciente do agente”, publicado no volume nº 9, edição 2011, da Themis, revista científica da Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará (ESMEC).



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