ENFOQUE
SOCIALISTAS DE ARAQUE
Raugir Lima Cruz*
Está mais que na hora do Brasil se assumir como uma nação capitalista. Porque somos um país capitalista, entretanto, é notável que o Brasil exerce um capitalismo envergonhado. Verdadeiramente não se assume o que realmente é. E por isso mesmo não consegue se desenvolver, avançar economicamente, tecnologicamente, cientificamente ou quaisquer áreas que imaginarmos.
Um tanto quanto de pessoas se apregoam "socialistas" e assim sendo, não votam em candidato tal ou partido tal porque estes são "liberais" ou com "tendências à direita".
Quanta idiotice. Desconheço pessoa sequer neste país que não queira o desenvolvimento pessoal ou de um filho ou de um familiar. Todo mundo quer ganhar mais dinheiro do que já ganha. Todos querem trocar o carro por um novo de preferência mais moderno e mais caro. Todos querem que os filhos estudem nas melhores escolas e universidades (que são as mais caras). Querem morar numa boa casa, querem dinheiro para viajar e "curtir a vida".
Nessa linha, todos querem ter recursos para viver bem e dar uma vida confortável aos seus familiares. Se for comerciante, por certo quer que o seu comércio venda mais, cresça e progrida. Se for empregado, almeja por melhores salários. Enfim todos nós, indistintamente, queremos progredir na vida e isso certamente vem alinhado a ganhar mais dinheiro.
Ora, é natural, não há do que se envergonhar disso. O indivíduo que progride de forma honesta, está sendo abençoado por Deus. É preciso parar com o preconceito contra quem tem dinheiro. São os ricos que fazem girar a roda da fortuna. São eles que dão empregos. Bastam dois exemplos simples: - Ao construir uma mansão e comprar um carro, o sujeito está distribuindo dividendos. O vendedor e o dono da loja de carros, o operário que montou o veículo, o fabricante de peças, o proprietário da montadora, os operários da construção, o vendedor e dono da loja de material de construção, etc. Muito mais dos que acabei de descrever se beneficiam, posto existir uma cadeia bem maior de beneficiários do dinheiro da simples construção de uma casa e a compra de um veículo.
Voltando ao início aparece os ditos "socialistas" que na verdade querem tudo o que acima citei, defendem a distribuição de renda, contanto que não tenham que tirar da própria renda. Olha quanta incoerência: "vamos distribuir a renda, mas a renda dos outros" ou ainda defendem que seja distribuída uma esmola aos mais pobres pelo governo, de forma que causando dependência, tais pobres nunca deixarão de ser pobres.
Melhor ficar alerta. Não é enfraquecendo o forte que o fraco será fortalecido. É fortalecendo o fraco que este também será forte. Ou o Brasil se assume definitivamente capitalista ou mergulhará definitivamente no atraso. Porque todos querem é ganhar dinheiro e progredir na vida, inclusive esses socialistas de araque.
(Publicado
no jornal ,
Ano XLI, nº 205, Setembro/2018).
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*Raugir
Lima Cruz. Oficial de Justiça da Comarca de Quixelô-CE.
É mombacense de Senador Pompeu, Ceará, onde nasceu no
dia 15 de janeiro de 1966, filho de Etevaldo Lima Cruz e de Francisca
Zeneida Lima Cruz. Graduou-se em Pedagogia na Faculdade de Educação,
Ciências e Letras de Iguatu - FECLI. É bacharel em Direito
e pós-graduado em Direito Penal e Criminologia pela Universidade
Regional do Cariri - URCA. Obteve o 2º lugar no Concurso Literário
Rachel de Queiroz, promovido em 2006 pelo Fórum Clóvis
Beviláqua em comemoração aos 30 anos da sua biblioteca,
com a crônica .
A sua crônica foi publicada na coletânea “Sertão:
olhares e vivências” com os dez trabalhos classificados
no referido concurso. No dia 18 de dezembro de 2007 recebeu o título
de cidadão quixeloense concedido pela Câmara Municipal
de Quixelô. É autor dos artigos "Uma análise principiológica e legal das interceptações telefônicas: a produção probatória à luz do princípio da proibição da proteção deficiente", publicado na edição nº 87, ano XIV, abril/2011, da Revista Âmbito Jurídico e “A aplicação da Willful Blindness Doctrine na Lei 9.613/1998: A declaração livre e a vontade consciente do agente”, publicado no volume nº 9, edição 2011, da Themis, revista científica da Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará (ESMEC).
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